A transição do ensino médio para o
universitário é recheada por sonhos e projetos individuais e familiares. Quem,
afinal de contas, escolhe a profissão dos jovens? Eles mesmos? Seus pais? O mercado
de trabalho? Qual será o lugar dos professores nestas escolhas?
Nas camadas populares há escolhas individuais
orientadas por representações relacionadas à atuação dos profissionais no
mercado de trabalho, mas também pelo apreço por algumas disciplinas estudadas
na educação básica. Estudantes pertencentes a famílias sem tradição no ensino
superior escolhem seus cursos porque se identificam com o que aprenderam enquanto
estavam na escola. Os professores, portanto, podem ser vistos como modelos de atuação
profissional e representantes de suas próprias carreiras no imaginário dos
estudantes. É possível dizer que o contato com disciplinas no ensino
fundamental e no médio cria expectativas relacionadas às profissões disponíveis
no mercado e ao possível sucesso profissional.
Quer saber mais sobre o assunto?
Leia meu artigo: “Juventudes populares em um pré-vestibular: a construção coletiva de
expectativas e campos de possibilidades educacionais”. Ele foi escrito em
conjunto com o físico Jose Abdalla Helayël-Neto e com o
matemático Marcel Duarte da Silva Xavier. Está disponível em: