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Sou um antropólogo brasileiro especializado em temas educacionais. Meus trabalhos focalizam as relações existentes entre a educação escolar e outras esferas da vida social. Atualmente, desenvolvo pesquisas sobre estratégias familiares e projetos de escolarização nas camadas populares das cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis, ambas no Brasil. A abordagem inclui reflexões sobre a educação básica e o ensino superior. O debate sobre a construção social das juventudes é privilegiado porque permite interpretações refinadas sobre as relações entre educação escolar e expectativas de futuro. Trabalho no Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ onde ensino antropologia e sociologia da educação, além de orientar estudantes interessados no debate entre ciências sociais e educação.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

A batalha da antropologia contra o chatGPT

 Era uma vez um algoritmo safado, arretado, que de tamanha “inteligência” fazia até poesia.

Um cabra virou e disse: esse aí, vai fazer até antropologia!

Sabe de nada esse cabra. Acha que antropologia é a soma de um montão de palavras numa frase e num parágrafo, mas não é, não.

O tal algoritmo pode ser “inteligente”, mas não tem sensibilidade e não sabe interagir.

Interação é coisa da gente, do povo contente.

É o antropólogo que se mete em tudo, vai para o meio do povo e fica por lá.

Olhando, escrevendo, pensando, sentindo e se arrumando com a gente no ato de interagir.

O abestado desse algoritmo se olhar para tudo isso vai é sair correndo.

Vai dizer para ele mesmo que precisa de mais uma fonte para tentar deduzir.

O povo rindo vai dizer que se não entende é porque não é gente e não pode se divertir.

E no final, o antropólogo sai de lá modificado, sensibilizado e prontinho para contar para todo mundo o que ele era e o que passou a ser depois de se meter lá no meio do povo.

Já o algoritmo tá perdidinho, deduzindo daqui e de lá o que não se pode deduzir.

Sai fora, montão de número, a vida é maior do que você.