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Sou um antropólogo brasileiro especializado em temas educacionais. Meus trabalhos focalizam as relações existentes entre a educação escolar e outras esferas da vida social. Atualmente, desenvolvo pesquisas sobre estratégias familiares e projetos de escolarização nas camadas populares das cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis, ambas no Brasil. A abordagem inclui reflexões sobre a educação básica e o ensino superior. O debate sobre a construção social das juventudes é privilegiado porque permite interpretações refinadas sobre as relações entre educação escolar e expectativas de futuro. Trabalho no Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ onde ensino antropologia e sociologia da educação, além de orientar estudantes interessados no debate entre ciências sociais e educação.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A culpa é dos Titãs


Desde 1986 os Titãs estão mandando os bichos escrotos saírem dos esgotos. Agora, em 2018, eles resolveram obedecer e estão fazendo fila nas saídas de bueiros para ocupar a capital e todo o Brasil. Não tem mais jeito. Os bichos escrotos tornaram-se obedientes e não há nada que os detenha. Ficaremos todos parados a observar enquanto eles vêm enfeitar nossos lares e nossos jantares, corroendo nossos nobres paladares.

O maior problema é que não sabemos até quando esse fenômeno continuará a nos assustar. Pode ser que em quatro anos eles voltem para os esgotos, mas acho difícil porque estão gostando muito do mundo por cima dos bueiros. Além disso, eles têm legitimidade. Podem ficar por aqui e viver a vida tranquila de quem está garantido por milhares de chancelas oferecidas por brasileiros de todos os tipos.

Qual seria a solução? Podemos virar bichos escrotos também, como um tipo de contaminação ao estilo The Walking Dead, ou então passarmos a organizar a resistência, mais ou menos como um bando minúsculo de Jedis sobreviventes ao domínio Sith. Sei não! Ainda é difícil saber o que fazer. Por enquanto, eu penso que os Titãs poderiam ajudar. Quem sabe gravando a versão pós-2018. Seria mais ou menos assim: “bichos escrotos, voltem para os esgotos, bichos escrotos não venham enfeitar...”. Pelo menos poderíamos curtir um bom rock brazuca.

Para quem não lembra da música original, é só lembrar aqui:

Bichos, saiam dos lixos
Baratas me deixem ver suas patas
Ratos entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado
Pulgas, que habitam minhas rugas
Oncinha pintada zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se foder!
Porque aqui na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter
Bichos escrotos saiam dos esgotos
Bichos escrotos venham enfeitar
Meu lar
Meu jantar
Meu nobre paladar
Bichos, saiam dos lixos
Baratas me deixem ver suas patas
Ratos entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado
Pulgas, que habitam minhas rugas
Oncinha pintada zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se foder!
Porque aqui na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter
Bichos
Baratas 
Ratos 
Do cidadão civilizado
Pulgas
Oncinha pintada zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se foder!
Porque aqui na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter
Bichos escrotos saiam dos esgotos
Bichos escrotos, venham enfeitar
Meu lar
Meu jantar
Meu nobre paladar

Compositores: Sergio Affonso / Jose Reis / Arnaldo Filho