Era uma vez um algoritmo safado, arretado, que de tamanha “inteligência” fazia até poesia.
Um cabra virou e disse: esse aí, vai fazer até antropologia!
Sabe de nada esse cabra. Acha que antropologia é a soma de
um montão de palavras numa frase e num parágrafo, mas não é, não.
O tal algoritmo pode ser “inteligente”, mas não tem sensibilidade
e não sabe interagir.
Interação é coisa da gente, do povo contente.
É o antropólogo que se mete em tudo, vai para o meio do povo
e fica por lá.
Olhando, escrevendo, pensando, sentindo e se arrumando com a
gente no ato de interagir.
O abestado desse algoritmo se olhar para tudo isso vai é
sair correndo.
Vai dizer para ele mesmo que precisa de mais uma fonte para
tentar deduzir.
O povo rindo vai dizer que se não entende é porque não é
gente e não pode se divertir.
E no final, o antropólogo sai de lá modificado,
sensibilizado e prontinho para contar para todo mundo o que ele era e o que
passou a ser depois de se meter lá no meio do povo.
Já o algoritmo tá perdidinho, deduzindo daqui e de lá o que
não se pode deduzir.
Sai fora, montão de número, a vida é maior do que você.